Se
a análise de variância resultou em um valor de F significante, o pesquisador
busca um teste post hoc com a
finalidade de saber quais são as médias que diferem entre si. Foram propostos
diversos desses testes que, em geral, levam o nome de seus autores. O mais
antigo é o LSD (least square difference)
de Fisher que, em português, se chama DMS (diferença mínima significante) de
Fisher.
Para fazer esse teste, é preciso obter,
primeiramente, as médias de grupos. Depois, é preciso estabelecer o nível de significância e calcular a LSD (ou DMS) de Fisher:
em que t é um valor associado ao nível de significância estabelecido e aos graus de liberdade do quadrado médio do resíduo da análise de variância, QMR é o quadrado médio do resíduo da análise de variância e r é o número de repetições de grupos.
em que t é um valor associado ao nível de significância estabelecido e aos graus de liberdade do quadrado médio do resíduo da análise de variância, QMR é o quadrado médio do resíduo da análise de variância e r é o número de repetições de grupos.
EXEMPLO
Para entender como se faz o teste LSD de Fisher, imagine um ensaio clínico para comparar o efeito de
cinco drogas na diminuição da pressão arterial. Para fazer esse ensaio, um
médico convidou 30 pacientes, que decidiram participar. Dividiu então os
participantes em seis grupos de cinco e designou, ao acaso, placebo para um dos grupos e as drogas em teste para os outros cinco grupos.
A Tabela 1 apresenta a diminuição da pressão arterial
no período do ensaio, isto é, a diferença entre a pressão arterial do início e
do final. Esses dados foram submetidos à análise de
variância e os resultados da análise estão na Tabela 2.
Tabela 1. Diminuição da pressão
arterial, em milímetros de mercúrio, segundo o tratamento
Tabela 2. Análise de variância
Como o teste F resultou significante, as
médias dos dados da Tabela 1 podem ser comparadas usando o teste LSD de Fisher.
Ao nível de significância de 5% e com 24 graus de liberdade, t=2,064.
O quadrado médio do resíduo da análise de variância é QMR=36,00 e número de repetições de
grupos é r=5. Agora, é fácil
calcular a LSD, que em português fica sendo diferença mínima significante:
Para que a
diferença entre duas médias possa ser considerada significante, deve ser no
mínimo igual à dms=7,83. Podemos então organizar as médias como mostra a Tabela
3. Alguns
programas de computador adotam esse tipo de saída.
Comparamos todas as médias, duas a duas (pairwise
comparisons), como mostra a Tabela 3. Assinalamos, com um asterisco,
todas as diferenças significantes de médias, aplicando o teste LSD de Fisher. Agora você pode escrever as conclusões.
3 comments:
Muito bom o texto da Profa. Sônia Vieira. Aliás, todos os textos dela são muito bons para explicar, de forma que um iniciante entende o recado.
Valeu por mais este texto Profa !!!!
Professora obrigada pelo seu blog, conteúdo de máxima qualidade. Tem me ajudado muito! Obrigada
Obrigada, tanto para Luis como para Grazi. Vocês dão o incentivo para eu continuar.
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