Não importa quão promissora seja uma vacina ou quão apaixonados sejam os pedidos para seu uso, há que se fazer uma série de testes antes da experimentação em humanos. A pesquisa de uma nova vacina deve seguir, obrigatoriamente, uma série de fases.
Fase pré-clínica
A fase
pré-clínica de uma pesquisa é feita primeiramente em laboratório, in vitro, e quando
necessário, in vivo, em animais. Os testes e os necessários relatórios devem justificar
estudos clínicos a serem feitos em humanos.
Fase clínica
Os
testes em seres humanos são feitos segundo uma sequência que às vezes se
sobrepõem. Mas é importante saber a sequência, que é compartimentada em fases da
pesquisa clínica.
Fase I:
a primeira fase é conduzida com um número pequeno de adultos saudáveis (por
volta de 20), para obter informações prévias sobre a tolerabilidade da vacina,
por meio da avaliação de parâmetros clínicos e laboratoriais. Nesta fase, a
maior preocupação é com a segurança.
Fase II: maior
número de pessoas participa desta fase, que tem a finalidade de fornecer
informação preliminar sobre a eficácia e a segurança da vacina, isto é, se é
segura e é capaz de produzir o efeito desejado (em geral, imunogenicidade) na
população à qual se destina.
Fase III: é
nos resultados desta fase que se baseia a decisão da concessão da licença para a
comercialização da vacina. Os ensaios, multicêntricos, devem incluir controle e
randomização e comprovar a segurança e a eficácia do produto. Para iniciar esta
fase, é preciso que a vacina esteja completamente caracterizada e estejam descritos
o processo de fabricação final, as especificações e os procedimentos para
liberação dos lotes.
Fase IV:
nesta fase de pós-comercialização são coleadas informações em grande número de
pessoas, sobre a segurança e a eficácia da vacina. Há vigilância contínua dos
vacinados sobre eventos adversos, mas principalmente efeitos colaterais raros,
que só podem ser detectados em um grande contingente de pessoas.
VEJA:
Vieira,
S. e Hossne, W.S. Metodologia Científica para a área da saúde. Rio de Janeiro, Elsevier. 3 ed. 2015.
World Health Organization (WHO). Guidelines on
clinical evaluation of vaccines: regulatory expectations. Technical Report,
Serie No. 924. 2004. Annex 1.
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