Juros são
calculados com base no valor da dívida
ou da aplicação e o valor deles é
igual no período de aplicação ou da
dívida. Cuidado, portanto, com a unidade de tempo a que o juro se refere: 3% ao
mês durante um ano implicam em multiplicar 0,03 por 12; 15% ao ano em um ano
implicam multiplicar 0,15 por 1.
Exemplo
Você pediu, no Ano Novo, um empréstimo de R$ 500,00 a
seu sogro, que cobra taxa de juros de 3% ao mês. Você quer o empréstimo por um
ano, ou seja, até o próximo Ano Novo. Qual será o montante da dívida, no final
do ano? Quanto de juros você estará pagando?
Primeiro, coloque a taxa de juros em decimais, não em porcentagem. Então TNJ = 0,03. Agora, vamos construir uma planilha para ver o que deverá ser pago.
Tabela 3
Cálculos para obter o valor a ser pago
O valor final ou montante a ser pago é R$680,00.
Juro é a diferença entre o valor final (que você
irá pagar) e o valor inicial, em negociação. Então:
Tendo
a taxa nominal de juros ao mês, para obter os juros que serão cobrados por um
ano de empréstimo (t, na fórmula),
calcule:
Exemplo
Você pediu,
no Ano Novo, um empréstimo de R$ 500,00 a seu sogro, que cobra taxa de juros de
3% ao mês. Você quer o empréstimo por um ano, ou seja, até o próximo Ano Novo.
Quanto de juros você vai pagar, desta vez?
Primeiro, coloque a taxa de juros em decimais, não
em porcentagem. Então TNJ = 0,03.
Agora, calcule:
Em uma
operação financeira, a taxa contratada ou
declarada é a taxa nominal. Mas para
saber se você ganhou ou perdeu dinheiro em uma operação financeira, é preciso levar
em conta a inflação no período. Mas o que é inflação? Inflação é um movimento generalizado e persistente de preços
para cima. Pode ser entendida como
a perda do poder de compra da moeda, devido ao aumento de preços de produtos e
serviços.
Imagine uma
pessoa que tivesse um salário de R$ 2.500,00 e, em determinado período de
tempo, esse salário permitiu comprar um conjunto de bens e serviços, além de
poder poupar uma pequena parcela. Se o salário permanecer o mesmo por, digamos,
seis meses e houver inflação nesse período, no final do semestre o salário não
será suficiente para comprar os mesmos bens e serviços e/ou não sobrará
dinheiro para poupar.
Por que existe inflação? Os economistas têm várias teorias, mas uma
resposta simples é a de que pode ter havido aumento da demanda por bens e
serviços (inflação de demanda), diminuição da oferta de bens e serviços
(inflação de custos), expectativas de inflação e “otras cositas más”.
Mas o que interessa, aqui, é saber como a inflação
bate no seu bolso. O real de hoje não é mais o mesmo real de 1º de julho de
1994, quando foi adotado como
moeda corrente no Brasil. A primeira
vista, pode parecer que, se os dois valores são dados em reais, a unidade de
medida é a mesma. No entanto, como houve inflação no período, o poder de compra mudou. Com R$1,00 em julho de 1994 compravam-se, obviamente,
mais coisas do que com R$1,00 hoje. Valores monetários tomados em tempos
diferentes não são iguais.
O valor pago hoje só pode ser comparado com o valor pago em julho de
1994 se for “corrigido” para tirar o efeito da inflação que ocorreu no período.
Por
essa razão, é preciso calcular – não a taxa nominal de juros –, mas a taxa real
que leva em conta, em seu cálculo, a inflação no período. Aplique a fórmula:
Lembre-se de que você pediu R$ 100,00 emprestados a um
amigo e, no final de um mês, você
pagou R$ 107,00. Será que seu amigo ganhou dinheiro nessa
transação econômica?
Parece
intuitivo que, se a inflação foi zero, seu amigo ganhou. Por outro lado, se a
inflação no mês foi muito alta — digamos 20%— parece intuitivo que seu amigo
perdeu dinheiro. É possível avaliar o ganho real?
A taxa nominal de juros cobrada pelo seu amigo foi 7% ao mês ou, colocando em decimais, TNJ= 0,07. Vamos considerar, só para fazer os cálculos, que a inflação no mês foi 2%, ou, em decimais 0,02.
Então:
Existe ganho real quando a taxa nominal de juros é maior que a inflação. Seu amigo ganhou dinheiro emprestando dinheiro para você.
A medida da inflação se faz por meio de números-índices, calculados a partir de preços coletados e analisados com metodologia sofisticada, por várias instituições, com intervalos de tempo definidos. A importância dos números índices é o fato de eles serem referência importante da variação dos preços.
Um dos
índices de preços mais usados no Brasil é o INPC/IBGE — Índice Nacional de
Preços ao Consumidor —, levantado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística — IBGE. O IPCA— Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é calculado
pelo IBGE desde 1980. O IPCA resulta dos Índices de Preços ao Consumidor das
famílias de rendimento mensal entre 1 (um) e 40 (quarenta) salários mínimos,
O IGP/FGV — Índice Geral de Preços — é levantado
pela Fundação Getúlio Vargas. Embora não exista indexador oficial no país, o
IGP é o índice de preços mais usado como indexador de contratos de longo prazo,
públicos e privados. Esse índice é usado, por exemplo, nos contratos de
aluguel.
O IPC/FIPE—
Índice de Preços ao Consumidor — estima as variações do custo de vida das famílias com renda
familiar entre 1 e 10 salários mínimos. É levantado pela Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas (FIPE).
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