A análise
de regressão é uma técnica estatística que busca estabelecer a relação
entre duas ou mais variáveis. A regressão linear simples busca explicar a relação entre apenas duas
variáveis, X e Y, por meio de uma reta. Por
exemplo, um estatístico pode querer saber se existe relação entre a quantidade
de propaganda de determinado produto (X) e
o número de unidades vendidas (Y). Um exemplo numérico com dados fictícios está apresentado na Tabela 1 e no diagrama de dispersão do Gráfico 1.
Olhando o diagrama de dispersão do
exemplo, você percebe que não pode achar uma reta que passe sobre todos os
pontos. Logo, não existe uma função matemática que dê o valor de Y em função de X. No entanto, o diagrama de dispersão dá a ideia de que existe uma
reta em torno da qual os dados se distribuem. Esta é uma relação estatística,
expressa pelo modelo:
Nesse modelo de regressão, X é a variável independente ou
explicativa e Y é variável dependente
ou resposta; e são erros aleatórios.
Os valores a e b são
parâmetros; a é o
coeficiente linear e b é o
coeficiente angular. A verdadeira reta de regressão não é conhecida. No
entanto, podemos obter as estimativas a
e b de a e b usando as fórmulas:
As fórmulas são obtidas pelo método dos quadrados mínimos. A reta de regressão estimada, usando
os valores calculados de a e b é chamada de reta ajustada.
Vamos obter as estimativas a e b
da reta ajustada aos dados do exemplo apresentado. Facilita construir uma
tabela com cálculos auxiliares, como a Tabela 2. As somas que constam das
fórmulas estão no rodapé dessa tabela.
Tabela 2
O teste t é usado para testar hipóteses sobre os coeficientes de regressão, no caso de uma regressão linear simples, desde que seja razoável pressupor que os erros são variáveis aleatórias independentes com distribuição normal de média zero e variância s2.
Para testar a hipótese de que o coeficiente angular é 1 (H0: b =1), contra a hipótese alternativa de que é diferente de 1, a estatística de teste é:
Para
obter s(b), é preciso calcular o somatório que está no denominador da
fração. Precisamos então da média de X:
Tabela 2
A reta ajustada
é:
Ajustada a reta de regressão, podem ser obtidos os
valores ajustados de Y para cada
valor de X. Por exemplo, para X= 3, segue-se que:
É importante notar que os valores estimados de Y podem ser diferentes dos valores observados de
Y. As diferenças entre esses dois
valores são chamados de desvios ou resíduos, que indicaremos por e. Então, para X= 3, uma vez que Y observado é 4 e Y estimado é 5, segue-se que:
Os demais desvios
estão na Tabela 3.
Tabela 3
A estimativa
da variância da regressão, que indicaremos por s2, é dada pela soma dos quadrados dos
desvios (também apresentada na Tabela 3) dividida pelos respectivos graus de
liberdade (n-2). Então, a variância é
obtida pela fórmula:
No caso do exemplo
que estamos desenvolvendo:
O teste t é usado para testar hipóteses sobre os coeficientes de regressão, no caso de uma regressão linear simples, desde que seja razoável pressupor que os erros são variáveis aleatórias independentes com distribuição normal de média zero e variância s2.
Para testar a hipótese de que o coeficiente angular é 1 (H0: b =1), contra a hipótese alternativa de que é diferente de 1, a estatística de teste é:
em
que b é a estimativa de b e s(b) é o erro padrão da estimativa. O valor de s(b) é dado pela fórmula:
Vamos
então construir uma tabela.
Tabela 4
Para testar a
hipótese de que o coeficiente angular é 1
(H0: b =1), calculamos:
Para um teste
bilateral, o valor crítico de t com 8
graus de liberdade no nível de significância de 5% é 2,306. Não rejeitamos a
hipótese de que b= 1.
Para testar a
hipótese de que o coeficiente linear é 0
(H0: a
=0), contra a hipótese
alternativa de que é diferente de 1, a estatística de teste é:Para testar a hipótese de que o coeficiente linear é 1 (H0: a = 0), calculamos:
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