As amostras não devem ser muito grandes, porque isso seria perda de recursos.
Também não devem ser muito pequenas,
porque o resultado do trabalho seria de pouca utilidade. Então, como se determina o tamanho da amostra? O tamanho da amostra para as pesquisas quantitativas deve
ser calculado por critério estatístico. Mas saiba que:
1.
Se a amostra for
aleatória, fica
mais fácil calcular o tamanho adequado.
2.
É mais fácil calcular o tamanho da amostra quando a população
estudada for tão grande que, para finalidade de estatística, possa ser
considerada praticamente infinita.
1.
Amostras
pequenas produzem estimativas muito pouco precisas. Amostras grandes, desde que
bem feitas, conduzem a estimativas mais precisas, mas podem ser muito caras. Então,
a questão é: que margens de erro o
pesquisador pode aceitar?
2.
As equações que
permitem estimar tamanhos de amostras contêm parâmetros. Então o pesquisador deve
buscar, na literatura, uma estimativa
preliminar do parâmetro que pretende estimar.
3.
Na maioria das
vezes, o pesquisador quer estimar mais de
um parâmetro. Se for proposta uma margem de erro para cada estimativa,
serão calculados muitos valores para o tamanho de amostra. É preciso chegar,
então, a um consenso.
4.
O pesquisador
precisa considerar o tempo e o custo para
examinar cada unidade e o que é usual na área. Se for necessária uma drástica
redução no valor calculado da amostra, a estimativa ficara muito pouco precisa.
Às vezes, é melhor abandonar o projeto.
Exemplo
A primeira questão do estatístico é: “Com que
precisão quer estimar a porcentagem de
pessoas com DTM?”.
O mestrando diz que gostaria de trabalhar com uma margem de
erro de ±2%. Isso significa que, se 34% das pessoas da amostra tiverem D T M,
a verdadeira porcentagem de pessoas
com DTM na cidade deverá estar no intervalo 34% ± 2%, isto
é, entre 32% e 36%.
O professor avisa o mestrando de que, coletando uma só amostra, existe o risco
de essa amostra seja pouco representativa, por puro azar. O mestrando replica que admite a probabilidade de uma amostra
errada em cada 20. O nível de
confiança é, portanto, 19/20 = 0,95, ou como se prefere dizer, 95%.
E preciso agora uma estimativa preliminar de P. O que fazer? O mestrando sugere que, com base em outras pesquisas, é
razoável esperar P = 32% de pessoas
com DTM. Então:
Em algumas áreas do conhecimento, é possível levantar
dados de 2100 pessoas, principalmente quando as perguntas são fáceis de
responder como idade, sexo, escolaridade, habito de fumar – e se houver verba
para tanto. Mas em Epidemiologia, o levantamento de dados pode ser caro, principalmente
quando o estudo demanda diagnóstico de doenças, síndromes, disfunções,
alterações, anomalias.
No caso do exemplo, o que pode ser feito para diminuir
o tamanho da amostra? Aumentar a margem de erro. Tente fazer os cálculos, com
margens de erro maiores. Depois, pense bem: que sentido tem estimar uma
porcentagem com as margens de erro que você considerou?
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