O estatístico prático desempena papel crucial na pesquisa científica e na ciência de dados, pois usa a arte e a ciência da Estatística para resolver problemas práticos. É o estatístico que faz a ponte entre dados e resultados, e propicia ao pesquisador as condições para fazer inferências válidas, dentro de uma margem calculada de erro.
Por conta da aplicação prática, é
preciso que o estatístico entenda as questões que lhe são propostas, e saiba traduzir as análises que faz para o pesquisador.
Portanto, esse profissional precisa ter formação teórica, mas tem de se
familiarizar com a terminologia da área em que trabalha.
O papel que um
estatístico desempenha em uma pesquisa depende das necessidades do trabalho. O
estatístico pode ser colaborador ou parceiro integral. Ao longo de um período de
colaboração, cada colaborador educa o outro nas reuniões e
discussões regulares, que abrangem muitos aspectos do estudo.
Quando o estatístico é funcionário da instituição, ele é, evidentemente, membro natural da equipe. É o estatístico quem avalia o projeto, propõe a análise dos dados e, eventualmente, vê problemas que não são óbvios para os demais pesquisadores. Ele tem, no trabalho, responsabilidades que são próprias da profissão, independentemente de seu cargo e de seu status na instituição.
Um estatístico deve saber (ou pode ser capaz de desenvolver) maneiras estatisticamente válidas de obter respostas para as perguntas do pesquisador. Além disso, ele examinará os dados em busca de ameaças à validade das conclusões, variando de dados ausentes a outliers questionáveis e fatores de confusão. No entanto, se os procedimentos do estudo não forneceram dados que possam responder às questões da pesquisa, o estatístico não pode remediar isso com métodos estatísticos; ele pode, porém, apontar informações que, eventualmente, possam ser extraídas dos dados.
Depois de os dados terem sido analisados, os resultados devem ser interpretados e transmitidos a um público como uma agência reguladora, um periódico de pesquisa um meio de comunicação ou à gerência. Um estatístico é valioso nesta fase para verificar se as conclusões do trabalho provieram dos resultados da análise, sugerir as melhores maneiras de descrever e exibir os dados e assegurar que não há declarações errôneas ou incompletas sobre as descobertas.
Quando o estatístico é consultado nesta fase pela primeira vez, pode querer reanalisar os dados usando métodos que ele considera mais apropriados do que aqueles aplicados. Isso pode ser ou não benéfico – depende de avaliação criteriosa. De qualquer forma, a discussão em ciência exige foco - e isso em aspectos específicos de uma questão complexa. Ao contrário dos argumentos cotidianos, o argumento científico é gerado sob critérios de aceitabilidade, como consistência com leis físicas, simplicidade, suporte empírico e, obviamente, estatística.
De qualquer modo e resumindo, um estatístico é especialmente útil quando:
1. O pesquisador precisa de ajuda para planejar um estudo que responda
às suas perguntas;
2. É preciso determinar o tamanho da amostra;
3. A pesquisa resultou em diferentes tipos de dados, que exigem diferente
tipos de análises;
4. O volume de dados para analisar é muito grande;
5. O método de análise que os dados exigem são complexos, além da
experiência do pesquisador sobre o assunto;
6. O pesquisador simplesmente prefere contar com um estatístico profissional.
Um consultor de Estatística
precisa:
1.
Ter bom conhecimento de estatística
2.
Ter capacidade de comunicação, escrita e oral;
3.
Ser bom ouvinte;
4.
Saber solucionar problemas de estatística;
5.
Ser agradável para trabalhar;
6.
Ser paciente com clientes que têm pouco
conhecimento de Estatística;
7.
Ter ética.
8.
E, ainda, como a Estatística têm diferentes áreas
de especialização, um consultor precisa ter habilidades que correspondam às necessidades
da área de pesquisa que assessora. Por exemplo, um estatístico que trabalha na
área experimental provavelmente não é versado nos melhores métodos para assessorar
e analisar grande levantamentos de dados.